Ela me empurrou para uma dança sórdida.
Ah, quantos passos fora de compasso.
Alegria vaga. Movimento largo.
Tudo bem?
Ela me levou aos sonhos mais profundos e descabidos.
Disse que eu podia mais. Cada vez mais.
Instigou, provocou.
Rendida aos teus mistérios me entreguei ao seu amargor.
Descia pouco a pouco.
Subia pouco a pouco.
Gelou a máscara, esquentou o corpo.
Ela comeu meus muros, soltou meu riso, prendeu a minha fala.
Depois neguei tudo. Tudo.
Ela apagou a lembrança. Fingiu que curou.
Mas a estranheza da manhã perturbou meu sono.
Alegria solitária. Movimento curto.
Não ouvi nada. Nada.
O gosto amargo na boca gelada perpetuava a noite passada.
Olhei no espelho.
Eu, desconhecida para mim.
Eu, ainda estou aqui.
Desci, lentamente desci para não mais subir.
Ah, quantos passos fora de compasso.
Alegria vaga. Movimento largo.
Tudo bem?
Ela me levou aos sonhos mais profundos e descabidos.
Disse que eu podia mais. Cada vez mais.
Instigou, provocou.
Rendida aos teus mistérios me entreguei ao seu amargor.
Descia pouco a pouco.
Subia pouco a pouco.
Gelou a máscara, esquentou o corpo.
Ela comeu meus muros, soltou meu riso, prendeu a minha fala.
Depois neguei tudo. Tudo.
Ela apagou a lembrança. Fingiu que curou.
Mas a estranheza da manhã perturbou meu sono.
Alegria solitária. Movimento curto.
Não ouvi nada. Nada.
O gosto amargo na boca gelada perpetuava a noite passada.
Olhei no espelho.
Eu, desconhecida para mim.
Eu, ainda estou aqui.
Desci, lentamente desci para não mais subir.
2 comentários:
"Ela apagou a lembrança. Fingiu que curou." Tão botino isso, Nega. Este gole a gole doeu em minha garganta e nem sei bem o por quê. Te amo
Sinto falta de quando demora para escrever, mas admiro que escreva quando tem algo para dizer. Disse bonito.
te amo
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