domingo, 15 de maio de 2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

La Mariposa está

em amor delicado.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Minha Musa

A poesia dos poetas que sofreram é doce e terna. E a dos outros, dos que de nada foram privados, é ardente, sofredora e rebelde.
Clarice Lispector

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Feliz 2011!

Comida antes, sexo depois.
Sexo antes, fome depois.
Amor antes e depois.
E muita sede...
"O amor é a única razão da vida" (em Um copo de cólera, de Raduan Nassar)
Uma dose, por favor!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Porque são necessárias as vírgulas

Um dia inteiro de chuva. Sol tímido. Eu quieta. O que é esse tudo? Tudo. De alguma forma me sinto ligada a você, o que automaticamente faz a minha pele corroer. Sinto frio na espinha. Medo. Não sei de ti. O que sei de mim? Um instante. E me noto construindo muros intransponíveis - um local infindo, para que eu me perca. Do que adianta tais versos? Tais palavras me emudecem sensações. Sentir. Céu nublado. Eu perdida. Chovo por dentro sem me molhar. E talvez eu prefira as idéias ao toque. A imagem ao olhar. Pelo medo. Tijolo sobre tijolo. Sentimentos tão contraditórios. Enterro o passado como se dele não fizesse parte. Mas receio o futuro. As lembranças ainda vivas. Alguém já disse “Amar o passado, enquanto o passado permite amar o futuro”. Meus altos muros me protejam!? Mas eu mesma já abandonei meu guarda-chuva, em um caminhar reservado com vontade de sorrir por aí. Uma vida inteira de vida. Tempo indefinido. Eu inquieta. Mexer no tudo é tão grande e assustador, quanto uma deliciosa tentação. A chuva cai incessante com breves pausas. A dor jorra meu veneno de asfalto molhado. O que é meu? O que é seu? Eu que já matei a razão ouço pingar no telhado. Gotas e gotas, no tempo em que o tudo escorre e me esvazia, me preparando para depois do ponto final.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Desejo


Sentia-se como uma locomotiva desenfreada.
Vestiu-se como princesa.

E apenas admirou a chuva cair.

domingo, 5 de dezembro de 2010

La Mariposa está

em "C'est la Vie"

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

...

"Vi no seu rosto a pequena convulsão de um conflito,
o mal-estar de não entender o que se sente,
o de precisar trair sensações contraditórias por não saber como harmonizá-las."
Clarice Lispector, em "Mineirinho"

Ganhei um buraco. Não sei muito bem onde, mas o sinto comigo. Presente. No meu presente. No meu momento. "Alguns por ques" não me soltam a mão. Resistem! Dolorida dor de perder. Será mesmo perda? Sim eu caminho, mas sempre acabo de cara com aquele sorriso admirado a me pedir um abraço.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

La Mariposa está

escorrendo... Correndo.

domingo, 21 de novembro de 2010

Chovendo

Hoje acordei com gosto ansioso na boca, cheirando estranhesa de uma noite singular. Deve ser coisa desta cidade, que envolve sem deixar perceber. Me sinto um pouco engolida. Pequena. Tenho vontade de ventar. Longe daqui. Queria conseguir olhar para os meus passos de outro lugar. De cima. Do alto. Distante. Deixar velhas Michelles para que novas possam nascer. Com prazer. Depois de uma bela chuva!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Fortuitos olhares em uma tarde desmedida

da série "Olha para o céu, meu amor"

da série "Olha para o céu, meu amor"

da série "Olha para o céu, meu amor"

domingo, 10 de outubro de 2010

Ontem, Hoje, Amanhã

Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura.
por Riobaldo em "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Instantes permitidos

Pode sussurrar agora...
Limpe o suor.
Isso sussurre!

No meu ouvido de preferência, porque quando eu acordar serei outra.


Boa noite.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Idealismo

Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!
O amor na Humanidade é uma mentira.
É. E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.

O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaíra,
De Messalina e de Sardanapalo?

Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
- Alavanca desviada do seu fulcro -

E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!
Augusto do Anjos

PEQUENO MANIFESTO
E eu aqui pensando, pensando... Por que é difícil proferir a tal sentença célebre?
Quando reflexões deste tipo batem à minha porta, Augusto dos Anjos me traz redenção.
Ó o amor!
Ó a histeria do amor!
Ó amor corrompido! De valores hipócritas e tradições passadas, que para mim não fazem sentido.
Me reviro para buscá-lo e só o percebo quando o sinto.
O amor se manifesta.
Num carinho de uma noite fria e doente.
Na admiração.
Com minhas mãos inquietas, meus olhos inquietos.
Com minha boca inquieta o amor se manifesta.

Silêncio.

E por que eu não digo "eu te amo"?
Então respondo: Para que dizer palavras se a minha vontade (além da vontade) é de estar ao seu lado?
Em silêncio. Em nosso silêncio.
Será por que todos os "eu te amos" que eu ouvi valeram menos do que sua presença?

domingo, 19 de setembro de 2010

La Mariposa está

Em desbaste... Desbastando.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

La Mariposa está

Escovando as palavras. Quem sabe não encontra sensações?

sábado, 4 de setembro de 2010

Metade










Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio.


Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

(de Oswaldo Montenegro)
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Em uma breve madrugada de desejos transitórios

domingo, 22 de agosto de 2010

Viva! Viva! Viva!

Porque eu conheci mini homens em um imenso jardim florido