terça-feira, 21 de abril de 2009

Blah!

"Cada ser humano é um abismo e a gente tem vertigens quando se debruça sobre um deles
Georg Büchner

Nauseando-se.
Nauseando-se.
Nauseando-se.
Que venha o vômito!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Enraizando

Há tempos não me sentia estimulada para escrever. Passei um longo período sem visitar este blog e até pensando em tirá-lo do ar. E agora sem eu saber o exato porque sinto uma imensa necessidade de me expressar. O mês de abril recebeu mais posts do que os últimos três meses juntos. Fase da vida? Vai saber... Sei que estou tomada por uma coisa aqui dentro meio inexplicável. É vontade de algo, sabe? Dar uma enorme gargalhada (e isso eu faço mesmo!), vontade de andar por aí, de ser surpreendida, de me apaixonar mais e mais pelas "coisas" da vida, de experimentar. Toda essa vontade tem me levado a visitas mais frequentes por aqui. E creio, esta tal disposição me levará além e sinto, estou pronta para isso.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Cicatrizes

Talvez ele tenha sido o verso mais puro dos delírios daquela jovem. Ela tomava café. Preto, forte, escuro. Ela pintava as unhas. Vermelho, quente, sensual. Ele simplesmente usava calça jeans e tênis all star destes que nunca se tira para lavar. Ela conduzia aos lugares. Ele sorria. Ela ardia em ideologias e vontades. Ele sentia. Ela se desfazia. E ia. E ele? Absorvia. Ele Ela. Ela Ele. Confundiam-se intimamente. Estranhavam-se dentro dos próprios mundos. Encaixavam-se muito bem na cama. Talvez ela tenha sido o topo mais alto das ousadias daquele jovem. Ele andava de skate. Veloz, destemido, duro. Ele tocava guitarra. Alto, charmoso, desigual. Ela simplesmente deixava a vida levá-la a qualquer canto. Ele falava dele. Ela ouvia. Ele se consumia em bons agrados. Ela sabia. Ele se descobria. E ia. E ela? Consentia. Corroeram-se pela incerteza. Desistiram de si.
Desistiram-se.
Despediram-se.
Apenas, aspirantes a amantes.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Como uma borboleta que só vive 24h

Escrevo numa madrugada quente e estranha. Tenho felicidade em vivê-la e receio acordar amanhã. Talvez a gente só queira voar... Pensar em nada é bom. “Os ignorantes são mais felizes” (?!...) É como viver em um mar de flores do campo. Elas morrem e nascem, sem ao menos que se perceba. O amor que eu procuro está onde? Será que eu percebo? Tenho tantos medos, porém quero a plenitude. Oh, contraditórias madrugadas. Minha língua perde-se com o chiclete que mordo agora, enquanto sou tomada por uma vontade de vestir-me de pureza e de cuspir fora o acúmulo da minha existência.
Com amor,
Michelle

domingo, 5 de abril de 2009