Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!
O amor na Humanidade é uma mentira.
É. E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.
O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaíra,
De Messalina e de Sardanapalo?
Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
- Alavanca desviada do seu fulcro -
E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!
O amor na Humanidade é uma mentira.
É. E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.
O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaíra,
De Messalina e de Sardanapalo?
Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
- Alavanca desviada do seu fulcro -
E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!
Augusto do Anjos
PEQUENO MANIFESTO
E eu aqui pensando, pensando... Por que é difícil proferir a tal sentença célebre?
Quando reflexões deste tipo batem à minha porta, Augusto dos Anjos me traz redenção.
Ó o amor!
Ó a histeria do amor!
Ó amor corrompido! De valores hipócritas e tradições passadas, que para mim não fazem sentido.
Me reviro para buscá-lo e só o percebo quando o sinto.
O amor se manifesta.
Num carinho de uma noite fria e doente.
Na admiração.
Com minhas mãos inquietas, meus olhos inquietos.
Com minha boca inquieta o amor se manifesta.
Silêncio.
E por que eu não digo "eu te amo"?
Então respondo: Para que dizer palavras se a minha vontade (além da vontade) é de estar ao seu lado?
Quando reflexões deste tipo batem à minha porta, Augusto dos Anjos me traz redenção.
Ó o amor!
Ó a histeria do amor!
Ó amor corrompido! De valores hipócritas e tradições passadas, que para mim não fazem sentido.
Me reviro para buscá-lo e só o percebo quando o sinto.
O amor se manifesta.
Num carinho de uma noite fria e doente.
Na admiração.
Com minhas mãos inquietas, meus olhos inquietos.
Com minha boca inquieta o amor se manifesta.
Silêncio.
E por que eu não digo "eu te amo"?
Então respondo: Para que dizer palavras se a minha vontade (além da vontade) é de estar ao seu lado?
Em silêncio. Em nosso silêncio.
Será por que todos os "eu te amos" que eu ouvi valeram menos do que sua presença?
Será por que todos os "eu te amos" que eu ouvi valeram menos do que sua presença?
Um comentário:
Eu já disse algumas vezes que te amo.
Não me arrependo.
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