terça-feira, 10 de novembro de 2009

Brevidade me dê acalanto para eu acompanhar-te

Sabe quando você não consegue parar de pensar em uma coisa só?
Pois é, eu não consigo parar de pensar em uma única coisa.

Finjo que trabalho.
Finjo que tomo café.
Finjo que escuto.
Finjo que escrevo.

E aquela única coisa me toma por inteira, me devora como se eu não tivesse tempo para pedir que pare, como se eu não tivesse percepção para dizer não. Faz tempo eu disse sim aos eternos instantes initerruptos. Eu sei.

Finjo que estou.
Finjo esquecer.
Finjo que vejo.
Finjo-me ser.


Estado de celebração. Grito, sinto vida! Essa coisa que não me deixa é o viver? Estado de graça. É como se eu quisesse reunir cada pedacinho do agora para que ele não se vá, porém enquanto aqui digito mais uma letra sei que ele já se foi e continua indo, me navegando
fazendo-se fogalha. Não consigo parar de pensar nesta coisa que me acerca. Essa coisa é minha ou é de alguém? Ela que me toma e me torna inteira no presente. Quero apenas sensações, essas de agora que não me desviam o foco e me desconcentram do resto. Penso em uma única coisa.

Finjo.

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