O acaso do caso da Rita rueira
Pegou de surpresa a menina faceira
Descendo a ladeira de pé no chão
Com a rosa roubada na mão
Dona Jacinta que dava de pinta
Espreitava da esquina a doce menina
A gargalhar de satisfação
A saltitar tamanha a emoção
Quando de repente cruza seu caminho
A dona do jardim surrupiado
De braços cruzados
Rita, sem medo, encara de frente
Esbarra na gorda barriga com o dente
Daquela que lhe pega pelo vestido
Para lhe aplicar um furioso castigo
Pelo erro recém cometido
Num suspiro torto
A encurralada menina
Finge desmaiar
Num abraço fofo
A rabugenta mulher
Começa a gritar
Ninguém para ajudar!
Ao se livrar dos braços apertados
Daquela que agora se pos a chorar
A sapeca sardenta faz uma careta
E se põe a cantar
Com fé, escapa da cinta de Dona Jacinta
Beija a rosa quase perdida
Acha graça de tanta arruaça
E dá no pé sem despedida
terça-feira, 4 de agosto de 2009
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2 comentários:
Ah, Rita!
Corre que eu te acompanho com binóculo atento ao teu sorriso que corre mais rápido que você.
"A Rita levou meu sorriso"
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